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A mostrar mensagens de 2014

Bata - Guiné Equatorial

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Viver em Bata - Guiné Equatorial para além de ser uma experiencia nova, não é fácil. Muita coisa é diferente do que estamos habituados no nosso dia a dia, mesmo para quem, como eu, já passou vários anos em Africa. Os taxistas gostam de apitar forte na buzina quando conduzem. Em Portugal daria lugar a cenas mais  ou menos agressivas, aqui "no pasa nada". Não sinto grande insegurança nas rua, se calhar porque também não arrisco sair à noite, mas quando ando nas ruas não me sinto ameaçado. De carro a conversa é outra, constantes barreiras policiais sempre à procura de uma infracção para "negociar" as multas. O passeio marítimo é excelente, largo, plano, sempre com a beira mar ali ao lado e a paisagem sempre aprazivel, tenho aproveitado para fazer algumas caminhadas/corridas para perder um pouco de peso. Os supermercados para abastecer a casa também não são maus, mas os restaurantes e bares são caros, comparando com os os preços de Portugal. Palácios são muitos, ...

Festas de Ponte de Sor

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Está próximo o início das Festas da Cidade em Ponte de Sor. Para quem está longe é um misto de alegria e tristeza por não estar presente. Ao longo da minha existência participei em inúmeros festejos na minha terra natal, inclusivé, quando as festas principais ainda eram em Agosto.  É por isso com enorme alegria e saudade que recordo as festas, uns anos consigo estar presente, este ano não. Não queria no entanto deixar de registar que com este novo fluxo de emigração, muitos existirão com o mesmo sentimento que eu, em que não estando presentes em corpo, estarão em espirito de alegria e corpo e alma nos festejos da nossa terra.  Desde a Guiné Equatorial deixo aqui um desejo de que tudo corra dentro da mais fraterna cordialidade e alegria, previligiando a convívio são e que todos desfrutem do melhor que a nossa terra tem para nos dar. Lembrem-se que muitas vezes é estando longe que damos valor ao que é nosso!! Abraço fraterno a todos os conterrâneos :)

Nazaré - Terra de sempre

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Desde muito novo fui educado em ter uma vida simples e honrada. Viver com o que se podia ter e ser feliz com isso. Talvez por essa filosofia de vida, os meus país não podendo ir para hotéis, nem por isso deixavam de passar férias em família no campismo, e a verdade é que eramos verdadeiramente feliz nesses dias de Verão. A razão para nos sentirmos bem, para além da harmonia e amor familiar tinha um nome, Nazaré. A Nazaré foi um local que fui ano após ano adotando como uma terra também minha, apesar de ser com uma frequência de apenas 1 ou 2 semanas por ano. O calor humano das pessoas, a descontração dos estrangeiros, a praia, o Sítio, a Lenda de D.Fuas, a N. Senhora da Nazaré, a praia das "ondas grandes", o porto de abrigo, as senhoras das 7 saias, "o comboio que subia a montanha", tudo isso foi ficando marcado na minha memória ano após ano. O anos passaram, as vidas agora são outras, mas o bichinho do velho hábito de visitar a Nazaré mantem-se. Há uma velho ...

Ser Benfiquista

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Q ualquer pessoa quando nasce, tem no imediato uma família (melhor ou pior), um berço de ouro ou de ferro fundido, e um destino que poderá ser de felicidade ou não. O partido, a orientação sexual, os gostos musicais, a comida preferida, a maior ou menor devoção por uma religião. O Clube de Futebol. A mim coube-me a sorte de desde a nascença viver num ambiente que respirava Benfica. Pai, Mãe, Avós, Tios, Primos, grande parte dos amigos, enfim não foi preciso muito para que me convencessem ao escolher eu próprio o meu clube da preferência. Logo aqui foi confortável Ser Benfiquista, era o que eu gostavam e eles também. Sou do tempo de ir passar os fins de semana para o estádio da Luz com os meus pais e levar o grelhador para assar as sardinhas assadas e cozer as batatas entre os jogos de juniores de manhã e o jogo do campeonato às 3 da tarde, que se prolongava depois com um jogo de Basquet ou Hoquei pelo resto da tarde. Respirava-se benfiquismo e isso era muito bom. Um dia com 14...

Cacuto - O Anti Depressivo

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Cidade da Praia é a capital de Cabo Verde. Quem lá chega a pensar que vai para Africa rapidamente fica na dúvida se não está algures na Amadora ou noutro local de Portugal. Mas isto é só o mote para dizer que um Português em Cabo Verde está em casa. E mais, na Praia por vezes sente-se mais em Portugal do que em alguns momentos no país que D.Afonso Henriques resolveu um dia criar. E é aqui que surge "Aquela Casa Portuguesa" em mais um cantinho do mundo, Cacuto. Cacuto é um restaurante, mas ser apenas um restaurante é uma palavra redutora para aquilo que verdadeiramente representa. Quem lá entra jamais será o mesmo, de aspecto simples e simpático, tem uma característica que não se consegue construir em qualquer lado, o melhor lá são as pessoas. Se tiveres um mau dia de trabalho, chegas lá e bebes um copo, ou alguém repara que não estás bem e rapidamente te dá um ombro amigo, ou uma criança vem ter contigo dando-te o carinho que só ela sabe dar, ou uma empregada...

Cidadão errante do mundo

São muitas as histórias ao longo do tempo que vou absorvendo pelos países por onde vou passando. Algumas incríveis, outras apenas compreensíveis na sua simplicidade por quem as vê. Muitos relatos, muitas narrações muitas histórias que em muitos casos só acredita quem por lá passa. Para ser um cidadão do mundo não basta folhear o atlas e ver aquele pontinho que diz Londres. Não, é preciso estar lá, ver, sentir as pessoas, o clima, as casas, o mar, os carros e tudo o mais que o rodeia a cultura local. Um cidadão do mundo é aquele que toca e cheira e isso só é possível estando lá. Para quem vai trabalhar pelo mundo é muitas vezes ingrato o desígnio de não poder desfrutar na totalidade os locais por onde passa, mas não se pode ter tudo. Por outro lado trabalhar pelo mundo trás-nos aquele desafio enorme de lutar contra a solidão. Temos tudo, família, amigos, colegas mas não estão lá e quem lá está não é muitas vezes quem queremos. E é nesta dicotomia do estar lá e estar cá que vou ex...