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A mostrar mensagens de junho, 2014

Nazaré - Terra de sempre

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Desde muito novo fui educado em ter uma vida simples e honrada. Viver com o que se podia ter e ser feliz com isso. Talvez por essa filosofia de vida, os meus país não podendo ir para hotéis, nem por isso deixavam de passar férias em família no campismo, e a verdade é que eramos verdadeiramente feliz nesses dias de Verão. A razão para nos sentirmos bem, para além da harmonia e amor familiar tinha um nome, Nazaré. A Nazaré foi um local que fui ano após ano adotando como uma terra também minha, apesar de ser com uma frequência de apenas 1 ou 2 semanas por ano. O calor humano das pessoas, a descontração dos estrangeiros, a praia, o Sítio, a Lenda de D.Fuas, a N. Senhora da Nazaré, a praia das "ondas grandes", o porto de abrigo, as senhoras das 7 saias, "o comboio que subia a montanha", tudo isso foi ficando marcado na minha memória ano após ano. O anos passaram, as vidas agora são outras, mas o bichinho do velho hábito de visitar a Nazaré mantem-se. Há uma velho ...

Ser Benfiquista

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Q ualquer pessoa quando nasce, tem no imediato uma família (melhor ou pior), um berço de ouro ou de ferro fundido, e um destino que poderá ser de felicidade ou não. O partido, a orientação sexual, os gostos musicais, a comida preferida, a maior ou menor devoção por uma religião. O Clube de Futebol. A mim coube-me a sorte de desde a nascença viver num ambiente que respirava Benfica. Pai, Mãe, Avós, Tios, Primos, grande parte dos amigos, enfim não foi preciso muito para que me convencessem ao escolher eu próprio o meu clube da preferência. Logo aqui foi confortável Ser Benfiquista, era o que eu gostavam e eles também. Sou do tempo de ir passar os fins de semana para o estádio da Luz com os meus pais e levar o grelhador para assar as sardinhas assadas e cozer as batatas entre os jogos de juniores de manhã e o jogo do campeonato às 3 da tarde, que se prolongava depois com um jogo de Basquet ou Hoquei pelo resto da tarde. Respirava-se benfiquismo e isso era muito bom. Um dia com 14...

Cacuto - O Anti Depressivo

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Cidade da Praia é a capital de Cabo Verde. Quem lá chega a pensar que vai para Africa rapidamente fica na dúvida se não está algures na Amadora ou noutro local de Portugal. Mas isto é só o mote para dizer que um Português em Cabo Verde está em casa. E mais, na Praia por vezes sente-se mais em Portugal do que em alguns momentos no país que D.Afonso Henriques resolveu um dia criar. E é aqui que surge "Aquela Casa Portuguesa" em mais um cantinho do mundo, Cacuto. Cacuto é um restaurante, mas ser apenas um restaurante é uma palavra redutora para aquilo que verdadeiramente representa. Quem lá entra jamais será o mesmo, de aspecto simples e simpático, tem uma característica que não se consegue construir em qualquer lado, o melhor lá são as pessoas. Se tiveres um mau dia de trabalho, chegas lá e bebes um copo, ou alguém repara que não estás bem e rapidamente te dá um ombro amigo, ou uma criança vem ter contigo dando-te o carinho que só ela sabe dar, ou uma empregada...

Cidadão errante do mundo

São muitas as histórias ao longo do tempo que vou absorvendo pelos países por onde vou passando. Algumas incríveis, outras apenas compreensíveis na sua simplicidade por quem as vê. Muitos relatos, muitas narrações muitas histórias que em muitos casos só acredita quem por lá passa. Para ser um cidadão do mundo não basta folhear o atlas e ver aquele pontinho que diz Londres. Não, é preciso estar lá, ver, sentir as pessoas, o clima, as casas, o mar, os carros e tudo o mais que o rodeia a cultura local. Um cidadão do mundo é aquele que toca e cheira e isso só é possível estando lá. Para quem vai trabalhar pelo mundo é muitas vezes ingrato o desígnio de não poder desfrutar na totalidade os locais por onde passa, mas não se pode ter tudo. Por outro lado trabalhar pelo mundo trás-nos aquele desafio enorme de lutar contra a solidão. Temos tudo, família, amigos, colegas mas não estão lá e quem lá está não é muitas vezes quem queremos. E é nesta dicotomia do estar lá e estar cá que vou ex...